Experiência significativa para a jornada de saberes e descobertas que estão por vir.
O uso da adubação orgânica é uma excelente alternativa para uma produção com base no uso de insumos naturais.
Explore! Promova uma roda de diálogo partindo da questão a seguir: já imaginou ter a sua própria horta e produzir alimentos orgânicos sem qualquer substância tóxica?
Este experimento abre um leque de possibilidades!
Uma delas é investigar com os alunos o que é o adubo orgânico produzido na composteira.
Confira mais informações no link: redepara.com.br/compostagem-domestica
Demonstre todo o funcionamento de uma composteira, seguindo os seguintes procedimentos:
A compostagem é um processo de reciclagem de resíduos orgânicos que utiliza materiais ricos em carbono e nitrogênio na sua composição, tornando-se um adubo natural de alta qualidade. Esse processo pode acontecer em pequena e grande escala, o texto a seguir explica como ocorre a decomposição, quais os cuidados necessários a serem tomados, os diferentes tipos de compostagem e como montar uma composteira.
Para entendermos melhor o que ocorre na compostagem, podemos dividir o processo em três fases:
Fase mesofílica: é a etapa inicial, onde os microrganismos começam a agir para degradar os resíduos em temperatura ambiente. À medida que os agentes degradantes se multiplicam, a temperatura aumenta para aproximadamente 40 °C. Esse processo dura cerca de 15 dias.
Fase termofílica: é a parte mais longa, com duração de até 2 meses, quando a temperatura aumenta e os organismos atuantes são os que sobrevivem à microflora de 65°C. Nessa fase é muito importante a oxigenação do ambiente, pois a temperatura alta evita a presença de fungos e bactérias nocivas à saúde.
Fase de maturação: é a etapa final, onde ocorre a degradação de todo material orgânico, a atividade microbiana é reduzida a quase zero, a temperatura se iguala a do ambiente e temos todo o material orgânico transformando-o em húmus. Para que essa degradação ocorra de forma completa, é necessário até dois meses, podendo variar de acordo com a quantidade de material orgânico e as condições ambientais.
Fatores importantes que influenciam diretamente no processo de compostagem:
Organismos: realizam a decomposição do material orgânico. Vale salientar que, além de compostagem, é possível fazer a vermicompostagem, que segue o mesmo princípio, mas utilizando minhocas. Também existem as composteiras automáticas que funcionam como as outras, mas possuem microrganismos patenteados que aceleram o processo.
Temperatura: tem influência direta sobre a presença de microrganismos e na decomposição. Sendo assim, se a temperatura está baixa, o processo não está ocorrendo corretamente.
Umidade: garante a atividade microbiana, mas é preciso cuidado para que não exista em excesso, caso haja presença de minhocas, é ainda mais importante a manutenção desse fator, a umidade ideal é de aproximadamente 50%.
Aeração: importante para evitar o mau cheiro e a presença indesejada de insetos. Além disso, é importante para que haja oxigênio dentro do processo de degradação, assim garantindo que as reações anaeróbicas não liberem gases tóxicos (metano). Para se obter uma boa aeração, recomenda-se revolver, em intervalos de tempo, a compostagem. Prática essa que também contribui para a manutenção da temperatura.
Outro fator importante é o material para fazer a compostagem. Engana-se quem pensa que todo lixo orgânico pode passar por tal decomposição, é preciso separar os resíduos orgânicos antes de somá-los ao processo. Caso haja presença de minhocas, por exemplo, a restrição aumenta em relação aos materiais adicionados. A imagem a seguir explica que tipo de lixo doméstico pode ser adicionado normalmente, com moderação, e os que não podem.
Ah! e tem mais: Toda composteira deve ter uma saída para que o chorume (um ótimo adubo líquido) escorra e não acumule no seu interior; no caso das domésticas, a drenagem é feita por uma torneira, e a ordem das caixas é trocada periodicamente. Nas rurais, um ralo é a melhor alternativa para drenagem, e é preciso realizar o revolvimento para a oxigenação do composto em preparação.
A compostagem é um processo extremamente importante para darmos um destino correto ao material orgânico que geramos. Na maioria das vezes, colocamos o lixo em sacolas plásticas e depois de sair de nossas casas não nos preocupamos com o destino. A composteira é uma boa alternativa para reduzir esse impacto no meio ambiente, além de fornecer um produto altamente eficiente para a adubação. Espero que tenha gostado e que coloque em prática esse aprendizado, para que assim, consigamos reduzir a quantidade de resíduos orgânicos destinados a aterros sanitários.
Esse material está disponível em: Entenda a compostagem – PET Agronomia
Dá uma conferida na tabela de compostagem doméstica que preparamos:
Fonte: Unoesc
Estude com seus educandos sobre a importância da adubação para o crescimento saudável das plantas e a produção orgânica e seu impacto na nossa saúde. Escolha por onde deseja iniciar o estudo e amplie de acordo com seu grupo de educandos.
Matemática: Pode-se estudar sobre medidas de capacidade, utilizando os potes da composteira. Ou ainda comparar os líquidos utilizando diferentes frascos de medidas.
Artes: Para utilizar o adubo produzido na composteira, construa com seus pequenos um canteiro (se tiver espaço em sua escola) ou um cantinho com vasos.
Encontre outras sugestões em: Vasinhos de garrafa pet: diversos modelos para deixar seu jardim incrível
Pode-se cultivar: plantas ornamentais, chás, temperos, alface, agrião e outros!
Vamos ao passo a passo?
É hora de começar e seguir as instruções para que seu experimento aconteça! Siga cada etapa na ordem indicada e incentive seus alunos a fazerem o mesmo. Dessa forma, as crianças vão aprendendo sobre organização e método desde cedo.
Em um dos potes (o que irá ficar com o resíduo líquido da compostagem) coloca-se a torneira de filtro. Façam a marcação e corte (com cuidado) com a ajuda de uma faca. Em seguida, encaixe a torneira e vede bem.
Para garantir que a vedação está bem feita, encham de água e confiram se não tem vazamento.
Nos outros dois, façam vários furos no fundo, para isso utilizem prego quente com auxílio de um alicate para não se queimarem. Os furos servem para passar o líquido durante a compostagem e também para a passagem das minhocas de um andar para o outro.
Duas das tampas devem ser cortadas, tirando uma parte da tampa, mas deixando as margens, para que encaixe o pote superior.
Feito isso, tem-se: 1 pote com torneira e tampa vazada e 2 potes com furos no fundo, sendo um deles com a tampa vazada e um com a tampa intacta.
No pote da torneira, coloquem uma pedra, caco de telha ou pedaço de lajota para servir de “trampolim” para minhocas atrapalhadas que caiam no adubo líquido.
No pote do meio, coloquem um pouquinho de terra (1/3 do volume ou menos) só pra fazer uma cama-base. No pote superior, coloque o mesmo volume de terra e as minhocas.
No final, em uma das extremidades, adicione o alimento das minhocas: cascas e verduras. Depois, cubram com serragem, pois além de auxiliar o processo de compostagem, previne a liberação de odores desagradáveis.
Quando o seu potinho encher, ele estará pronto, agora pode-se passar o pote para o segundo nível e começar a preencher o pote que estava vazio. O líquido acumulado no último pote é um adubo excelente, mas como ele é muito concentrado, sempre dilua em água antes de usar.
Pronto, agora é só borrifar nas plantas!
Consiste em dividir os educandos em dois espaços de trabalho, sendo um deles online. O primeiro grupo assistirá a um convidado que irá ensinar a fazer a composteira. Pode ser um familiar de algum educando ou mesmo alguém da escola que tenha esse conhecimento. E o segundo grupo prepara todo o material para a construção pelos próprios alunos e o/a educador(a).
Mantenham a composteira durante o ano e utilizem o substrato produzido para cuidar das plantas do jardim. Pode ser o jardim da escola ou um pequeno vaso com plantas da sala de 1º e 2º anos.