Experiência significativa para a jornada de saberes e descobertas que estão por vir.
O que faz o ponteiro do relógio andar? Bom, antes de falarmos do funcionamento do relógio, que tal algumas curiosidades sobre a história do relógio desde sua origem?
Você sabia que o relógio mais famoso da antiguidade é a ampulheta, ou relógio de areia? Esses dispositivos simples, que parecem dois cones de vidro ligados, funcionam com areia que escorre do cone de cima para o de baixo, marcando o tempo. A ampulheta apareceu pela primeira vez na Judéia, por volta de 600 a.C., mas já era usada na Babilônia e no Egito desde o século XVI a.C.
Avançando para 725 d.C., encontramos um monge budista chinês chamado Yi Ching, que criou o primeiro relógio mecânico. Imagina só: ele usava engrenagens e 60 baldes de água para marcar cada minuto!
Alguns anos depois, por volta de 800 d.C., o califa Harune Arraxide presenteou Carlos Magno com um elefante e um relógio mecânico com um cavaleiro que anunciava a hora. Como o califa era de Bagdá, isso sugere que os primeiros relógios mecânicos podem ter vindo da Ásia.
No entanto, o papa Silvestre II é o nome mais associado à invenção do relógio mecânico no Ocidente. Depois dele, vários outros aprimoraram o design. Então, da areia ao metal, os relógios têm uma história rica e cheia de inovações! Explore e questione!
Quer aprofundar o tema? Acesse: Uma viagem no tempo: a história dos relógios – Herweg
Observe com seus educandos que o pote rola e retorna. Isso acontece porque ao rolar o pote, o elástico vai sendo torcido por dentro acumulando uma energia denominada energia potencial.
Ciências: Mas o que é Energia Potencial?
Imagine que você está segurando uma bola de futebol no alto duma colina. A energia potencial é a energia que a bola tem porque está em uma posição alta. É como se a bola tivesse uma “energia guardada” só esperando para ser usada. Quando você solta a bola, essa energia faz com que a bola role ladeira abaixo.
Então, energia potencial é a energia que um objeto tem por causa de sua posição ou altura. Quanto mais alto o objeto estiver, mais energia potencial ele tem. É como quando você está na beira de um trampolim, esperando para pular. Você tem muita energia guardada esperando para ser usada quando você pula!
E lembre-se: quando o objeto se move para baixo ou muda de posição, essa energia potencial pode se transformar em outros tipos de energia, como a energia cinética, que é a energia do movimento.
A energia potencial está sempre pronta para ser modificada em outras formas de energia e, consequentemente, realizar trabalho:
Quando o martelo cair, pregará um prego.
A mola, quando solta, fará andar os ponteiros do relógio.
O arco dispara uma flecha.
Levantar o martelo, enrolar a mola e esticar o arco são ações que utilizam a energia cinética para produzir um ganho de energia potencial. Em nosso experimento, quando o elástico é solto, vai se desenrolando e a energia potencial vai se transformando em energia de movimento (energia cinética), fazendo com que o pote role de volta.
Matemática: Estude as Medidas de tempo com seus educandos.
História: Apresente aos seus alunos a mitologia greco romana, eles costumam gostar muito das aventuras dos deuses do Olimpo.
Mas atenção: é necessário adaptar o conteúdo à idade de seus educandos.
Português: Estudo do gênero literário: crônica.
Sugere-se pesquisar sobre a escritora Clarice Lispector.
“AS TRÊS EXPERIÊNCIAS” – UMA CRÔNICA DE CLARICE LISPECTOR
Há três coisas para as quais eu nasci e para as quais eu dou minha vida. Nasci para amar os outros, nasci para escrever, e nasci para criar meus filhos. O “amar os outros” é tão vasto que inclui até perdão para mim mesma, com o que sobra. As três coisas são tão importantes que minha vida é curta para tanto. Tenho que me apressar, o tempo urge. Não posso perder um minuto do tempo que faz minha vida. Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca.
E nasci para escrever. A palavra é o meu domínio sobre o mundo. Eu tive desde a infância várias vocações que me chamavam ardentemente. Uma das vocações era escrever. E não sei por quê, foi esta que eu segui. Talvez porque para as outras vocações eu precisaria de um longo aprendizado, enquanto que para escrever o aprendizado é a própria vida se vivendo em nós e ao redor de nós. É que não sei estudar. E, para escrever, o único estudo é mesmo escrever. Adestrei-me desde os sete anos de idade para que um dia eu tivesse a língua em meu poder. E, no entanto, cada vez que vou escrever, é como se fosse a primeira vez. Cada livro meu é uma estreia penosa e feliz. Essa capacidade de me renovar toda à medida que o tempo passa é o que eu chamo de viver e escrever.
Quanto a meus filhos, o nascimento deles não foi casual. Eu quis ser mãe. Meus dois filhos foram gerados voluntariamente. Os dois meninos estão aqui, ao meu lado. Eu me orgulho deles, eu me renovo neles, eu acompanho seus sofrimentos e angústias, eu lhes dou o que é possível dar. Se eu não fosse mãe, seria sozinha no mundo. Mas tenho uma descendência e para eles no futuro eu preparo meu nome dia a dia. Sei que um dia abrirão as asas para o voo necessário, e eu ficarei sozinha. É fatal, porque a gente não cria os filhos para a gente, nós os criamos para eles mesmos. Quando eu ficar sozinha, estarei cumprindo o destino de todas as mulheres.
Sempre me restará amar. Escrever é alguma coisa extremamente forte, mas que pode me trair e me abandonar: posso um dia sentir que já escrevi o que é o meu lote neste mundo e que eu devo aprender também a parar. Em escrever eu não tenho nenhuma garantia.
Ao passo que amar eu posso até a hora de morrer. Amar não acaba. É como se o mundo estivesse à minha espera. E eu vou ao encontro do que me espera.
Espero em Deus não viver do passado. Ter sempre o tempo presente e, mesmo ilusório, ter algo no futuro.
O tempo corre, o tempo é curto: preciso me apressar, mas ao mesmo tempo viver como se esta minha vida fosse eterna. E depois morrer vai ser o final de alguma coisa fulgurante: morrer será um dos atos mais importantes da minha vida. Eu tenho medo de morrer: não sei que nebulosas e vias lácteas me esperam. Quero morrer dando ênfase à vida e à morte.
Só peço uma coisa: na hora de morrer eu queria ter uma pessoa amada por mim ao meu lado para me segurar a mão. Então não terei medo, e estarei acompanhada quando atravessar a grande passagem. Eu queria que houvesse encarnação: que eu renascesse depois de morta e desse a minha alma viva para uma pessoa nova. Eu queria, no entanto, um aviso. Se é verdade que existe uma reencarnação, a vida que levo agora não é propriamente minha: uma alma me foi dada ao corpo. Eu quero renascer sempre. E na próxima encarnação vou ler meus livros como uma leitora comum e interessada, e não saberei que nesta encarnação fui eu que os escrevi.
Está-me faltando um aviso, um sinal. Virá como intuição? Virá ao abrir um livro? Virá esse sinal quando eu estiver ouvindo música?
Uma das coisas mais solitárias que eu conheço é não ter a premonição.
Texto extraído do livro “Aprendendo a viver”, Clarice Lispector. (Crônicas). Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2004.
Sugere-se trabalhar ilustrando a história, realizando a interpretação do texto ou realizando uma apresentação teatral com o tema.
“Saturno cortando as asas do Cupido”, de 1802, do pintor Ivan Akimov
Desdobre o assunto num Mapa Conceitual:
Nesta etapa, você e seus educandos irão aplicar o método com o passo a passo, seguindo as orientações e a metodologia indicada. Um ótimo experimento para você e os seus educandos!
Amarre as porcas ao elástico com barbante.
Faça um furo na tampa e outro no fundo do pote.
Enfie o elástico no buraco do fundo do pote e prenda pelo lado de fora com o palito de fósforo. Faça o mesmo com a tampa, prendendo com o outro palito de fósforo.
Role o pote.
Impulsionamos o pote sobre uma superfície exercendo sobre ele uma pequena força, nesse momento, o pote realiza uma trajetória e depois retoma ao início dela.
ABP, ou PBL ― de Problem Based Learning, é um método de ensino no qual os alunos resolvem, de forma colaborativa, situações problema para a construção de novos conhecimentos. Essa aprendizagem é baseada nos conceitos do filósofo da educação John Dewey e pelo psicólogo Jerome Bruner.
Esse experimento seguirá na próxima unidade, quando estudaremos a Energia Cinética.